EGITO
As escolas funcionavam como templos e em algumas casas foram
freqüentadas por pouco mais de vinte alunos. A aprendizagem se fazia por
transcrições de hinos, livros sagrados, acompanhada de exortações
morais e de coerções físicas. Ao lado da escrita, ensinava-se também
aritmética, com sistemas de cálculo, complicados problemas de geometria
associados à agrimensura, conhecimentos de botânica, zoologia,
mineralogia e geografia.
O primeiro instrumento do sacerdote-intelectual é a escrita, que no
Egito era hieroglífica (relacionada com o caráter pictográfico das
origens e depois estilizada em ideogramas ligados por homofonia e por
polifonia, em seguida por contrações e junções, até atingir um cursivo
chamado hierático e de uso cotidiano, mais simples, e finalmente o
demótico, que era uma forma ainda mais abreviada e se escrevia sobre
folha de papiro com um cálamo embebido em carbono).
Ao lado da educação escolar, havia a familiar (atribuída primeira à
mãe, depois ao pai) e a “dos ofícios”, que se fazia nas oficinas
artesanais e que atingia a maior parte da população. Este aprendizado
não tinha nenhuma necessidade de “processo institucionalizado de
instrução” e “são os pais ou os parentes artesãos que ensinavam a arte
aos filhos”, através do observar para depois reproduzir o processo
observado. Os populares eram também excluídos da ginástica e da música,
reservadas apenas a casta guerreira e colocadas como adestramento para
guerra.
Pilares de um templo no Egito – edificados para representar florestas.
Escrita hieroglífica cursiva.
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